Paranaguá’s EWB-Alagados Story

Alagados

(English translation below)

Palafitas:  Erradicação em contagem regressiva.

O artigo postado em 24 de março deste, sob o título “The Engineers Visit Alagados” do estudante Aaron Johnson Benjamim, da Howard University Washington D.C., sobre os problemas sociais presenciados por ele durante visita as Palafitas e a área da favela, fez-me refletir e fazer algumas considerações a respeito desse assunto emblemático.
A verdade é que qualquer cidadão ao ter contato com a realidade local fica triste com o quadro desolador. Eu por exemplo, fiquei estarrecido! Neste ano, já estive por três vezes, duas acompanhado dos grafiteiros Xluts e Prisk, fazendo registros de grafites nas barracas e outra com os estudantes americanos.

Quando se fala em Alagados, vem imediatamente as “Palafitas”, existente há décadas. Alagados não é uma favela. Alagados se tornou uma designação. Muitos moradores da região evitam esse nome. Preferem dizer que moram no Uruguai, Jardim Cruzeiro ou Massaranduba. As palafitas são barracas de madeira muito frágeis, apoiadas por estacas fincadas na enseada dos Cabritos, que desemboca na Baía de Todos os Santos. Os acessos pelas pontes estreitas que conduz as barracas são um perigo. Quem não conhece bem está sujeito a pisar no buraco e cair na água. O cheiro forte que exala das fezes é insuportável, além do lixo, entulhos e garrafas plásticas que são jogados nas margens da enseada, tornando o ambiente degradante.

Os moradores das Palafitas são considerados de segunda classe até pelos que residem na favela em terra firme. Os problemas são muitos: extrema pobreza, falta de higiene e alimentação adequada (às vezes se alimentam de mariscos colhidos no lodo perto das palafitas), verminoses, diaréias, entre outros.

As ONGs, instituições e grupos culturais, voluntários e a própria comunidade se mobilizam para modificar esse panorama. Essa situação já tem prazo para as mudanças. O Governo do Estado da Bahia, através da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), com verbas do Banco Mundial e contra-partida do próprio Estado, está executando obras de urbanização integrada na área para construção de moradias populares (villages, apartamentos geminados e casas em terra) para transferência dos moradores das Palafitas. O prazo de conclusão da Etapa Alagados 4 é de 18 meses. Com a implantação das Etapas Alagados 5 e 6, o Governo pretende erradicar defitivamente as Palafitas. Vamos aguardar!

Txt e fotos: JFParanaguá.

EWB Trip to Alagados - Paranaguá’s Truck EWB Alagados

Kathrin & Richard Graffiti in Alagados

EWB - Alagados EWB - Alagados

EWB - Alagados EWB - Alagados

Stilt Houses: Countdown to Demolition
The article posted by the student Aaron Johnson of Howard University in Washington DC on the 24th of this month under the title “The Engineers Visit Alagados,” regarding the social problems that he saw during the visit to the Alagados and the surrounding favelas, caused me to reflect and make a few observations regarding this emblematic assumption.

The truth is that anybody who comes in contact with the local reality is saddened by the decrepit state of things.  I, for example, was petrified!  This year I was there three times, twice while accompanying the graffiti artists Xluts e Prisk, taking pictures of their artworks in the shacks, together with some American students.

When you speak of Alagados, stilt houses immediately come to mind.  They have been there for decades.  Alagados is not a favela.  Alagados is something worse.  Many inhabitants avoid using that name.  They prefer to say that they live in Uruguai, Jardim Cruzeiro or Massaranduba. The stilt houses are shacks made of flimsy wood, resting on poles driven into the Inlet “dos Cabritos” that leads into the Bay of All Saints.  The access along the narrow plankways that lead to the shacks is dangerous.  Anyone who is unfamiliar with walking on them could slip in a crack and fall in the water.  The strong stench that arises from the sewage is unbearable, along with the garbage, debris and plastic bottles that are dumped on the edge of the inlet, completing the degraded environment.

The inhabitants of the stilt houses are considered to be second class citizens, compared to those who reside in the favelas on land.  The problems are many: extreme poverty, lack of hygiene and adequate diet (sometimes they eat shellfish that they catch under their houses), worms, diarrhea, and so forth.

NGOs, institutions and cultural associations, volunteers and members of the community are mobilized to modify this panorama.  This situation already has a deadline for change.  The government of the State of Bahia, through the Company for Urban Development (Conder), with funds from the World Bank and a matching sum from the state, is executing integrated urbanization works in the area, for the construction of popular housing (villages, bi-familiar dwellings, and houses on the land), where the inhabitants of the stilt houses will be relocated. The time limit for completion of the fourth stage of the Alagados is set for 18 months.  With the introduction of stages 5 and 6, the government intends to definitively erradicate the stilt houses.  We’ll be watching!

Text and photos: JFParanaguá.

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