Salvador è una città esibizionista.
(Portuguese and English translations below)
Non ci si stupisce se per strada si incontrano persone che cantano, ballano e fanno un gran chiasso. Per questo giungendo al quartiere di Ribeira lungo il Caminho de Areia e poi percorrendo rua Porto dos Tainheiros, si può non far caso alle urla, alle risate e agli applausi che si sentono in lontananza. Questa leggerezza però potrebbe costarvi una grossa perdita, potreste perdervi il Festival Internacional de artistas de rua da Bahia. Alla sua nona edizione il Festival, che proseguirà in altre due tappe per poi tornare a Salvador, ha regalato al quartiere di Ribeira e a tutta la città, tre giorni di arte di strada, incontrollabili risate e grandi artisti. Si sono alternati, nelle varie postazioni strutturate, artisti provenienti da tutto il mondo, clown, musicisti, attori e cantanti di grandissima qualità e bravura. E mentre il terzetto di archi ripropone “Eleanor rigby” dei Beatles con grande maestria, a pochi passi si può ridere di gusto di capitomboli e scherzi di qualche clown, oppure farsi coinvolgere dalla musica tradizionale baiana mentre si osservano giochi speciali con il fuoco. Tutto questo al prezzo di qualche reais lasciato nel cappello, perché è così che si fa, perché è così che si contribuisce a tenere viva l’arte di strada e i suoi protagonisti.
Collaborazione forte e importante è stata quella di ICBIE, che ancora una volta ha messo a disposizione i suoi locali e il suo personale per accogliere e sfamare gli artisti e l’equipe del festival. Ogni giorno gli artisti trovavano negli spazi di ICBIE un luogo dove ritrovarsi, prepararsi per gli spettacoli, provare gli ultimi pezzi e perché no, farsi anche un sonnellino prima di entrare in scena. Una seconda casa dove la sera fermarsi per mangiare tutti insieme qualche delizioso manicaretto preparato dal fondatore di ICBIE, bersi una tipica caipirinha sapientemente preparata dalle mani della “donna di casa” e rilassarsi in attesa di un nuovo giorno di arte. Dopo tre giorni il gruppo riparte per una nuova tappa, per stendere in una nuova piazza il tappeto rosso del circo, per regalare ancora ad altri sogni e visioni. È un arrivederci, al prossimo anno, alla prossima strada e al prossimo sorriso.
Caterina Scarselli
Salvador é uma cidade exibicionista.
Não é uma surpresa se as pessoas cantam, dançam e fazem muito barulho pela rua. Por isto chegando ao bairro da Ribeira subindo o Caminho de Areia e depois percorrendo Rua Porto dos Tainheiros, é impossível não notar os gritos, as risadas e os aplausos que se ouvem de longe Essa distração poderia causar uma perda consistente, se poderia perder o Festival Internacional de artistas de rua da Bahia. Na sua nona edição o Festival, que prosseguirá em mais duas etapas para depois voltar a Salvador, presenteou ao bairro da Ribeira e a toda a cidade, três dias de arte de rua, incontroláveis risadas e grandes artistas. Alternaram-se, nas várias estruturas montadas, artistas provenientes de todo o mundo, palhaços, músicos, atores e cantores de grandíssima qualidade e habilidade. Enquanto o trio de arcos repete “Eleanor Rigby” dos Beatles com grande maestria, a poucos passos se pode rir muito das cambalhotas e brincadeiras de algum palhaço, ou então deixar-se envolver pela música tradicional baiana enquanto se observam jogos especiais com o fogo. Tudo isto ao preço de alguns reais deixados no chapéu, porque é assim que se faz, porque é assim que se contribui para manter viva a arte de rua e os seus protagonistas.
Forte e importante a colaboração do ICBIE, que mais uma vez colocou a disposição o seu espaço e a sua equipe para receber e alimentar os artistas e a equipe do festival. Todos os dias os artistas encontravam no ICBIE um lugar onde reunir-se, preparar-se para os espetáculos, ensaiar mais um pouco, e porque não, tirar um cochilo antes de entrar em cena. Uma segunda casa onde todas as noites ficavam para comer juntos algumas gostosuras preparadas pelo fundador do ICBIE, para beber uma típica caipirinha sabiamente preparada pelas mãos da “anfitriã” e para relaxar-se na espera de um novo dia de arte. Depois de três dias o grupo parte para uma nova etapa, para abrir numa outra praça o tapete vermelho do circo, para presentear a outros sonhos e visões. É um até logo, ao próximo ano, à próxima rua e ao próximo sorriso.
Caterina Scarselli
Salvador is a city of exhibitionists
It’s not surprising if you encounter people who sing, dance and make lots of noise on the street. For this reason, on the road to Ribeira along the Caminho de Areia and then along rua Porto dos Tainheiros, you could fail to notice the shouts, the laughter and the applause in the distance. This distraction, however, could cause you to miss something really great, you could miss the International Festival of Street Artists of Bahia. In its ninth edition, the festival, which will continue in two other locations and then return to Salvador, gave Ribeira and the whole city three days of street art, uncontrollable laughter and great artists. In various chosen locations, artists from around the world, high quality clowns, musicians, actors and singers of remarkable talent took turns performing. So, while a string trio brilliantly played the Beatles’ “Eleanor Rigby,” a short distance away you could laugh heartily at the somersaults and jokes of some clown, or join in with some traditional Bahian music while watching the moves of fire throwers. All this for the price of a few coins thrown into a hat, because that’s what you do, that’s how you contribute to keep street art and its protagonists alive.
Behind it all was a strong and important collaboration with the ICBIE, that once again opened its doors, offering its facilities and its personnel to host and feed the artists and the festival’s assistants. Every day, the artists found a place to meet, to prepare their performances, to rehearse the latest numbers and, why not, to take a nap before taking the stage. A second home where all together they could relax and eat some delicious manicaretti prepared by ICBIE’s founder, drink a fine caipirinha, perfectly prepared by the “lady of the house,” and relax until the next day full of art. After three days, the group left for a new stop, to lay down the red carpet of the circus, to bestow once again other dreams and visions. So goodbye, see you next year, in the next street and with the next smile.
Caterina Scarselli